Caí várias vezes tentando andar de bicicleta até que uma hora eu consegui. Brinquei na rua até quase não conseguir respirar de tanto correr. Tomei banho de chuva várias vezes e peguei resfriado. Briguei e jurei ficar de mal “até o ano que vem”. Cai, me cortei e chorei. Acordei tarde e fui ver desenho no sofá da sala com o meu edredom. Coloquei as roupas e os sapatos da minha mãe para fingir que era grande. Troquei minhas bonecas por maquiagens, revistas e esmaltes. Junto com isso veio a primeira paixão. Me iludi. Chorei e aprendi. Permaneci com meu All Star. Fiz novos amigos e me tornei mais comunicativa. Sorri, sofri. Senti na pele o quanto era ruim ser substituída. Coloquei um salto pela primeira vez, mas não larguei o tênis, era como meio termo. Sem intenção, magoei. Perdi pessoas queridas e isso me fez enxergar o quanto a vida passa rápido. Jogaram sobre mim uma carga enorme de responsabilidade e tive que tomar sérias decisões. Errei e acertei. Entendi que não podemos nos prender ao passado, temos que pensar no futuro e viver o presente. A vida me obrigou a crescer e a trilhar o meu caminho. Ela nos dá a caneta e o papel, seus familiares e amigos te dão ideias e nós escrevemos a nossa história.
Lari Veloso
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